domingo, 15 de novembro de 2009

E ao ler a última edição...

Ah, se as máquinas falassem...

Diriam o que estão sentindo, o que sabem, o que fizeram e o quanto, ainda, poderiam fazer...
O poeta Christiano Fagundes diz que ‘as rosas falam’. Logo, acho que ele afirmaria: As máquinas falam. É... As máquinas falam, concordo. Fui convencida ao vê-las juntas numa sala, outrora movimentada. Outrora? Foi sexta-feira agora, 13 de novembro. Hoje é domingo, dia 15! Dois dias passados e... já é outrora? Parece mentira, um sonho, que nada está acontecendo, mas como as máquinas falam, tudo é verdade, é real. Basta olhar uma foto, estampada no jornal Monitor, na última folha editada, na página B5/MAIS CULTURA/ Monitor Campista/Silvana Rust. Só assim, para entender todo este meu embaraço.
Seguro o ‘meu’ jornal, com um sentimento forte de ter que ser pela última vez lido. Volto à primeira página para observar a foto da capa. Agora é de Wellington Cordeiro, intitulada “Quando os sonhos se vão”. Os sonhos passam, mas a história fica. E o Monitor é a própria História de Campos dos Goytacazes, é a Historia do Brasil.
As lágrimas caem desordenadamente. Tento disfarçar, mas é visível no meu rosto a tristeza. A minha alegria está travada. O sorriso que eu tanto gosto de ter, não vem. Um suspiro amargurado, um adeus que não quero dar.
Resta o amor que ficou.

Heloisa Crespo
2009/11/15
Ao Jornal Monitor Campista

2 comentários:

Fátima disse...

A emoção também me assaltou qdo hoje fui à banca e adquiri o último exemplar do jornal Monitor Campista (mas desejo que não seja o último realmente).

Caminhava com aquele jornal na mão e as lembranças vinham à mente, cada vez mais me emocionava.

Indignação e esperança devem nos mover neste momento.

Bjs e minha solidariedade aos colegas/amigos do Monitor.

Heloísa Crespo, sempre sensível, soube expressar com exatidão a "nossa dor".

Clube de Leitura Alexander Seggie disse...

O MONITOR CAMPISTA PODE RESSUSCITAR...

Meus amigos ,
Proponho a criação imediata de um joral on line MONITOR DIGITAL, que poderia ter a direção do Vítor Menezes e a colaboração de todos que lutam pela manutenção do "espírito" do quase bicentenário jornal.´

Seria como se a alma do Monitor continuasse viva na dimensão digital até "reencarnar" de outra forma, com outra direção, seja através do município ou de iniciativa particular ou da iniciativa popular.

Na minha imaginação esse renascimento, ressurreição, reencarnação do MONITOR CAMPISTA deve ter como patrocinadores um CONSÓRCIO de investidores, do município e população organizada.

VIVA O MONITOR CAMPISTA!
RE-VIVA O MONITOR CAMPISTA