quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Mensagens de solidariedade

Com muita tristeza vejo o fechamento do Monitor Campista. Talvez, o que me doa mais ,além de saber que muitos colegas a partir de amanhã estarão desempregados, é o SILÊNCIO dos campistas diante de tudo isso.Teríamos que nos manifestar de todas as maneiras possíveis denunciando a nossa inquietação pelo silêncio da história de 175 anos contada todos os dias, com seriedade e competência.Todo jornalista tem um olhar diferenciado para o mundo. Tem coração, emoções diversificadas mas, no exercício de sua profissão, sabe muito bem o que significa o silêncio das máquinas.Coragem, colegas!O amanhã tem sabor de novas descobertas.
Abraços,

Vania Cruz- Jornalista



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Meus amigos e amigas:

Enfim, como um ser querido em agonia extrema, deixaram morrer o jornal "Monitor Campista"!
O sentimento pessoal sobre mais esta tragédia cultural em Campos, é de quem perdeu um ente querido!
Fui à manifestação pública na última sexta-feira, mandei e-mails pedindo a sua ajuda para que assinasse a petição! Muitos amigos deram retorno e foram lá exercer a sua cidadania!

Agradeço comovido a todos os amigos que tentaram colaborar!

Eu sou apenas um leitor e admirador do Monitor Campista! Mas, sinto-me confortado por haver feito a minha parte, de não assistir passivamente mais este "cala-boca" na população campista!

Mas, tenho esperança! Se não aplicarem um "ressuscitador" no Monitor, espero dos seus injustiçados empregados, o ressurgir das cinzas! Algo como uma Cooperativa, um jornal que abranja todo o Norte e Noroeste do Estado do Rio! Que criem então um "Direto da Região", e se não for impresso num primeiro momento, seja publicado na forma de Site!

Que coloquem o novo jornal num bom provedor de acesso na Internet!

Espero mesmo, que diante tal adversidade, os próprios empregados, surjam como Fênix, e sobrevoem numa razante as mazelas da nossa Região! São excelentes profissionais, e a adversidade há de soar como "insight" para criar novas oportunidades!

É hora de repensar uma saída, e esta há de ser grandiosa! Não espero de nenhum dos empregados, o sentimento de derrota! De jeito nenhum!

Envio para todos os meus amigos, a última edição do Monitor Campista. Curiosamente, ocorre numa data tão importante, a da Proclamação da República! Não há de ser uma simples coincidência histórica, mas um marco de uma nova história, a ser escrita pelo corpo de empregados!

Um solidário abraço a todos!
Sávio Roberto Moreira Gomes (piscólogo e jornalista)


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Esse país é uma brincadeira mesmo. E a nova sociedade virtual é terrível e está destruindo toda a comunicação física.

Notícia pra lá de triste.

Beijos

Benita Pietro (RJ), especialista em Literatura Infantil e Juvenil e em Leitura

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Estamos acompanhando todos os passos da luta pela salvação do jornal. Estamos divulgando também de todas as formas. E quero dizer que se precisarem da galera da Persona pra qualquer coisa é só gritar. Temos uma admiração muito grande por todos. Além de uma gratidão enorme por toda a cobertura que sempre deram pra nossa carreira, que também tem sido muito difícil. Aliás nem sei explicar como ainda estamos de pé. Estou cada vez mais desesperançosa com nossa planície tão linda e tão sem rumo. Estamos na guerra da preparação dos atores pro espetáculo do encerramento do ano. Mas se pudermos colaborar de alguma forma, pararemos as atividades pra realizar o que for necessário.

Tânia Pessanha, diretora da Cia. de Artes Persona


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Caros,

O Monitor Campista, terceiro mais antigo periódico brasileiro (quinto da América), com 175 anos de história, está prestes a encerrar suas atividades.

A última edição circulará amanhã, 15 de novembro de 2009. Quem me avisa é a jornalista Carla Cardoso, que recentemente me entrevistou para o caderno “Mais Cultura” daquele jornal.
O fechamento de jornais “de papel”, no Brasil e no exterior, não nos é, necessariamente, uma novidade. Nos EUA, por exemplo, 2009 é chamado de “ano em que os jornais morreram“. Vejam os números de julho/2009:
  • 105 jornais fechados;
  • 10.000 empregos eliminados;
  • Queda de 30% nas vendas do 1o. quartil;
  • 23 dos 25 maiores jornais diminuiram a circulação entre 7% e 20%.
Muitos desses impressos americanos (os locais, principalmente) estão migrando para a web e, ainda que com dificuldades, sobrevivendo: reduzem os custos, seus profissionais se reciclam, todos apostam no necessário (e inevitável) surgimento de um modelo de negócio que viabilize a justa cobrança do acesso on-line ao conteúdo que geram.
O “Clarke Courier” é um exemplo. Há seis meses, Cynthia Cather Burton, a editora deste jornal de 140 anos, lamentava, com a última edição impressa do “paper” em mãos: “é o fim de uma era”. Entretanto, hoje, através da versão on-line, os leitores ainda se conectam ao Courier.
Agora, falemos de Brasil: ainda será possível um futuro (digital que seja) para o Monitor Campista? Um jornal que há quase dois séculos atende (como nenhum outro jornal de fora poderá atender) à sua comunidade, ajudando a escrever a história da sua cidade, deste estado, deste país?
As prensas vão parar em breve. O site do jornal seguirá no ar? Até quando? Confiram no blog “Urgente!“, criado por jornalistas do norte fluminense, a crônica dessa morte anunciada.


Atenciosamente,
Claudio S. Soares
 


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Apesar de estar morando em Belo Horizonte há 29 anos, tenho acompanhado notícias de Campos atravéz de amigos tais como, Ricardo Vasconcellos, Artur Gomes, Walnize Carvalho e o saudoso Antonio Roberto Fernandes.


Desde que surgiu essa tal de internet, leio diariamente o Monitor Campista e sei o que rola por aí. Agora me chega essa triste notícia. meu Deus, o que está acontecendo? Está voltando a ditadura? Estão fazendo o mesmo que fizeram com o Diário de Notícias e com o Última Hora? Se estivesse aí, iria pras ruas protestar, gritar, berrar, sei lá... mas estou distante e o que posso fazer, é denunciar por e-mail para o Brasil e até para o exterior, toda essa sacanagem.

Que Deus tome conta de nossas almas.

Rogério Salgado, poeta profissional com 34 anos de carreira e orgulhosamente, natural de Campos dos Goytacazes.
 
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DESRESPEITO AO CIDADÃO


Quanta denúncia...

exploração infantil, trabalho escravo, corrupção

queimadas de cana, ditadura, desrespeito ao cidadão

fome de comida, fome de cidadania, fome de educação.


Querem calar-te a boca...

Absurdo! Tu és o pioneiro da Região!

De teu diafragma tanta ( verdadeira) informação

Em tuas páginas, a história ganhou repercussão.


Desejam fechar-te os olhos...

Choram José Cândido, José do Patrocínio, A.C.L.

entre tantos outros que têm sede de informação!


Quarta-feira de cinzas em pleno novembro...

Interrupção involuntária de uma fértil gestação...

Onde fica o Norte? Desculpe-me! Perdi a direção...

Christiano Fagundes


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Para a história e a ética não morrerem

A notícia do desinteresse dos “Diários Associados” em continuar com a edição do Monitor Campista me pegou de surpresa e me deixou muito triste.

Certamente que o interesse financeiro é o motor de qualquer iniciativa privada, mas eu pensava que os “Diários Associados” tinham objetivos mais superiores que o financeiro, ou seja a excelência nas comunicações.

Problemas todos nós temos e empresas de todo nível, como o Monitor Campista também não poderia deixar de ter, e exemplos claros desse fato observamos através da mídia o ocorrido nos Estados Unidos e em outros países, mas alternativas e soluções foram buscadas e muitas foram completamente solucionadas.

Eu sempre ponderei que ante os piores problemas o primeiro que se tem a fazer é buscar soluções internas e também externas. Não me lembro de ter lido qualquer coisa sobre a procura de soluções externas. Isso causa grande tristeza pois se trata de abolir um dos jornais mais antigos do Brasil e que sempre primou pela total imparcialidade e a serviço da comunicação social.

Ainda sou daqueles que acreditam em milagres e assim espero que tal pecado contra o patrimônio cultural de nossa cidade e região não seja cometido, e que o Monitor Campista não seja afetado.

Saudações
Dr.; Alberto R. Fioravanti
 
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Que terra em que vivemos !!!!! Deixar morrer um património de Campos !!!!!Cada vez fico mais decepcionado .....Ser honesto,imparcial e principalmente não se corromper, ser honrado é sinonimo de incapacidade.Infelizmente estarei em São Paulo com a orquestra ,buscando pessoas que possam nos ajudar a sobreviver.Estarei torcendo e acho que o monitor deveria não ficar somente em frente a sede mas, sair pelas ruas de Campos.Desejo que esta situação se reverta ,para que nossa cidade não amargue mais uma vez " Campos já teve"
abraços
 
Jony William Villela Vianna
diretor do Centro Cultura Musical de Campos


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Nossa! como gostaria de estar presente nesse ato. O Monitor foi o primeiro Jornal em que trabalhei. Aprendi muito. Tenho imenso carinho por este matutino. Como não moro mais em Campos, saibam que estarei enviando um pensamento positivo, torcendo para que algo aconteça e que essa história não termine nesse momento com um ponto final....
Entro no coro pedindo a todos os colegas que compareçam ao ato. Essa é a hora!!!

Angélica Paes - Jornalista


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Em turnê pela Europa, li as mensagens sobre o fechamento do Monitor. Estou estarrecida e, claro, tristíssima. Torço para que vocês consigam reverter a situação e encontrar outra solução para a crise.

Grande beijo,
Ithamara Koorax - Cantora (Rio de Janeiro)

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Eu tinha 19 anos em 1975 quando demoliram o Trianon. Não esqueço do meu espanto e da desolação em ver uma forte referência cultural, arquitetônica e afetiva (minha inclusive) sendo destruída de forma “lenta e gradual”. Também não esqueço do meu estado de alienação, anestesia e impotência diante daquilo tudo, sem esboçar nenhum tipo de reação ou manifestação contrária àquele ato de vandalismo.

Com o padrão de consciência que adquiri no decorrer dos anos não gostaria de ver a mesma cena se repetir. Com o fechamento do jornal “Monitor Campista” cala-se um jornalismo de alta qualidade e imparcial, interrompe-se uma história de quase duzentos anos e, principalmente, retira-se do mercado de trabalho algumas dezenas de profissionais que irão perder o seu ganha-pão diário.

Querer que os jornalistas fiquem calados e assimilem o golpe silenciosamente é pedir muito. É preciso deixar claro para aqueles que sempre necessitaram desses profissionais da área de comunicação, e que agora os desdenham, que o tempo de apatia e submissão não mais existe. Se precisar de uma ajuda para “espernear” pode contar com a minha solidariedade.

Leonardo Vasconcellos - Professor, fotógrafo e pesquisador da história campista.

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A cidade de Campos dos Goytacazes não pode assistir calada, inerte e conformada, o encerramento das atividades do Jornal Monitor Campista.

O Monitor Campista é para todos nós, mais que um jornal, muito mais do que um matutino ou diário de informação, de um caderno habitual de leitura; é uma instituição, é um patrimônio cultural, histórico, de credibilidade incensurável, irrepreensível, irreprochável.

Um jornal que se tornou a memória de um povo, de uma região, que pugna pela verdade, pela decência da notícia, que venceu anos, tragédias, guerras, movimentos ideológicos e tantas outras batalhas, não pode simplesmente fechar as suas portas, paralisar as suas atividades, travar as suas máquinas, deixar de imprimir de um momento para outro os fatos que continuam sendo gerados. Por tudo que se relaciona a sua existência, tornou-se um patrimônio público regional, e o seu desaparecimento é a falência pública de grande parte da nossa história.

Lamentável por todos os aspectos é esse acontecimento; e é extremamente doloroso vivenciá-lo. O tamanho da perda é imensurável, chega a tocar no fundo da alma como se fosse uma vergonhosa derrota pessoal.

Roberto Pinheiro Acruche
Membro efetivo da Acedemia Pedralva Letras e Artes----

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"Estou arrasada, triste, indignada, por mim, pelos funcionários, pelo nosso Monitor, por Campos dos Goytacazes. Essa perda não poderemos ter. É um pedaço de Campos que vai morrer. Monitor Campista, como já disse em algum momento, é o retrato vivo de Campos!!!

Heloisa Crespo (escritora e acadêmica)

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Nossa... Que absurdo! Tomara mesmo que o jornal não encerre as atividades. Vou torcer daqui!!

Adriano Campagnani - Músico (Belo Horizonte)

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Realmente é uma situação preocupante.
É tão difícil encontrar meios de comunicação sérios e competentes como o Monitor Campista, que há anos exerce um papel de suma importância para o Brasil, e especificamente para o Norte Fluminense, sempre de maneira imparcial, e sobretudo informando de forma clara e direta os acontecimentos.
Torço para que tudo se resolva, pois se vier a acontecer isso, além de ser uma perda irreparável para o jornalismo da região, será uma tristeza para todos os leitores que tem total confiança no Monitor, confiança passada de geração em geração.
Isso não pode, e não acontecerá!!!
Fica aqui, o meu protesto contra essa atitude, de quem não tem noção da importância desse jornal na história do nosso povo.

Rodolfo Mesquita, ator, natural de Campos, residente no Rio há quase 16 anos, mas com o coração e a alma fincados na Planície Goytacá. Cenário de tantos fatos relatados por este jornal, o Monitor Campista.

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Se for verdade é uma grande evidência de que as coisas estão mais sérias do que pensamos... e o pior que a bandalha toda é com dinheiro público, do suor de todos nós....estamos no limite de nossa paciência, temos que começar a reagir.....
Parabéns à formidável e íntegra equipe do Monitor Campista, jornal mais digno e competente de Campos e de toda região, se mantém dentro da ética jornalística e brinda com informações idôneas a população goytacá! Vida longa ao Monitor Campista e a seus integrantes.

Joel F. Correa (Rio de Janeiro/ RJ)

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Como vai? Realmente será uma perda. Pena que nesse tipo de processo histórico o nosso poder público não se sensibilize.

Ana Lúcia Freire (Santos/SP)

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Atualizado às 15h56 de 17/11/09

13 comentários:

Serrana Filetti disse...

Olá, meus grandes amigos do Monitor Campista!
Apesar de nunca ter tido o privilégio de trabalhar nessa grande redação, sempre gostei de ler as matérias desse jornal que tem tanta história registrada. Sempre me simpatizei com os colegas jornalistas por ver neles a simplicidade e o amor em tratar as notícias e as pessoas.
O que posso dizer é que estou triste e aborrecida por ver essa situação.
Gostaria de estar aí para abraçar cada um de vocês, mas saibam que por aqui no ES fiz minha parte. Enviei e-mails aos meus colegas jornalistas pedindo apoio à vocês.
Amigos, que Deus os abençõe hoje e sempre.
Com saudades,
Serrana Filetti
Jornalista e Assessora de Imprensa

Maria Amelia disse...

Em recente evento sobre Acessibilidade e Educação Inclusiva ouvi o Advogado e Professor Fernando da Silveira dizer que, dentre todas as crises que assolam o Brasil, a pior é a da "falta de sensibilidade". Tem razão o professor! Parar as máquinas do Monitor Campista, ignorando um trabalho de 175 anos é de uma insensibilidade sem medida. Crises se vencem com trabalho! E o Monitor, certamente, tem um corpo de profissionais capaz de reverter o que hoje parece irreversível. Aos jornalistas e funcionários do jornal, em cujo Arquivo tanto aprendi -quando em trabalho de pesquisa histórica vinculado ao Laboratório de Estudos de Educação e Linguagem da UENF- o meu desejo sincero de que, com a sensibilidade que o caso requer, novos rumos se apresentem para resguardar o que o dinheiro não compra: a tradição, as memórias e a história honrada e digna dos que construíram o maior patrimônio histórico jornalístico da terra fluminense.

Profª Maria Amelia de Almeida Pinto Boynard

marcelo disse...

MEU DEUS! OS DIÁRIOS ASSOCIADOS COMEMORAM 85 ANOS DE SUA FUNDAÇÃO, PELO GRANDE JORNALISTA ASSIS CHATEAUBRIAND (QUE DEVE TER SE ARREPENDIDO NO "ALÉM TÚMULO" DE DIVIDIR AS SUAS EMPRESAS COM SEUS COLABORADORES - O CONDOMÍNIO ASSOCIADO - QUE A CADA ANO QUE PASSA VAI DIMINUINDO, VENDENDO E FECHANDO EMPRESAS) E NESTA COMEMORAÇÃO ESTE É O PRESENTE QUE DÁ AOS LEITORES E ASSINANTES DO "MONITOR CAMPISTA" O TERCEIRO MAIS ANTIGO JORNAL DO BRASIL, QUE O
"VELHO CAPITÃO" FEZ QUESTÃO DE ADQUIRIR, ASSIM COMO OS DOIS MAIS ANTIGOS, 0 DIÁRIO DE PERNAMBUCO(185 ANOS) E O JORNAL DO COMMÉRCIO(183 ANOS).
BEM É UMA PENA! MAS OS CAMPISTAS DE GOITACAZES DEVEM LUTAR PARA QUE O "MC" CONTINUE, APESAR DA "GAROTINHA" RESOLVER CRIAR SEU PRÓPRIO "DIARIO OFICIAL". LEMBRANDO: UM DIA ELA "ACABA"! MUITO MAIS SENDO LEMBRADA COMO AQUELA QUE DEU FIM AO TERCEIRO JORNAL MAIS ANTIGO DA AMÉRICA LATINA - ORGULHO DE CAMPOS DOS GOITACAZES.

MARCELO JONES GUIMARÃES - JORNALISTA(EDITOR) E EMPRESÁRIO

Renato Pessanha disse...

Sempre tive o maior respeito e admiração pelo Monitor, porque me parece o mais livre jornal da cidade. Todas as vezes que fizeram matéria sobre arte e cultura tiveram o maior cuidado e exatidão nos dados e respostas repassados. Carla, Patrícia, Alicinéia, Mário Neto, os fotógrafos todos como Silvana e Antônio, e acima de tudo a simpatia de Jairo. Faço votos sinceros de que isso possa ser revertido, e que o governo municipal apoie esse patrimônio de Campos, que é de todos nós.

Unknown disse...

Como cidadão campista, sinto-me , mais uma vez, frustrado diante do descaso com a cultura, com a história, com a arte neste solo...

Fechar as atividades do Monitor Campista é passar um "apagador" num texto que vem, de forma coerente e coesa, sendo elaborado há quse dois séculos...

Estou de luto!

Christiano Fagundes

Armonia Gimenes disse...

Em afinada regência de vozes orquestradas, os campistas não têm outro motivo senão o de cantar a esperança, para sensibilizar os responsáveis a fim de que deixem conosco essa ferramenta cultural de 175 anos de vida, "Monitor Campista", em Campos dos Goytacazes.
Compete aos que enxergam com os olhos de dentro uma realidade fora, fazer da CRISE, não a oportunidade "de problema", mas a oportunidade "no problema".
Assim, esperamos que sejam lançadas sobre o 'problema', pontes e redes, suportes de uma nova fase.

Armonia Gimenes

HELIO DIAS disse...

Com o respeito e profissionalismo que sempre dediquei ao meu trabalho, venho unir-me a todas as pessoas que estão sentindo nesse momento tão nebuloso, a dor de ver acontecer um fato tão triste e covarde que é "CALAR A VOZ DE UMA SOCIEDADE E APAGAR SUA MEMÓRIA". Não posso deixar de me manifestar diante do que acabo de tomar conhecimento. Se estivessemos vivendo esse pesadelo em épocas ditatoriais, talvez fosse explicável, mas depois do sofrimento de tantos e a perda de muitos outros, acredito que jamais pudessemos sequer imaginar que por questões outras que não fossem puramente profissionais, viessem querer "CALAR A VOZ DE UMA SOCIEDADE E APAGAR SUA MEMÓRIA". Espero que toda a sociedade se levante com a força e poder que tem, para fazer com que essas pessoas reflitam até terça 7/11, no que poderão causar de prejuízo a nossa sociedade e garanto que será bem maior do que um "prejuízo econômico para um grupo de empresários". Empresas podem até quebrar, mas a História de uma sociedade, essa ninguém tem o direito de se apoderar, porque é NOSSA.
Hélio Dias
Policial Rodoviário Federal aposentado e ex chefe do NUCOM-RJ da PRF entre 2004 e 2007.
FORÇA!

Heloisa Crespo disse...

Ah, se as máquinas falassem...

Diriam o que estão sentindo, o que sabem, o que fizeram e o quanto, ainda, poderiam fazer...
O poeta Christiano Fagundes diz que ‘as rosas falam’. Logo, acho que ele afirmaria: As máquinas falam. É... As máquinas falam, concordo. Fui convencida ao vê-las juntas numa sala, outrora movimentada. Outrora? Foi sexta-feira agora, 13 de novembro. Hoje é domingo, dia 15! Dois dias passados e... já é outrora? Parece mentira, um sonho, que nada está acontecendo, mas como as máquinas falam, tudo é verdade, é real. Basta olhar uma foto, estampada no jornal Monitor, na última folha editada, na página B5/MAIS CULTURA/ Monitor Campista/Silvana Rust. Só assim, para entender todo este meu embaraço.
Seguro o ‘meu’ jornal, com um sentimento forte de ter que ser pela última vez lido. Volto à primeira página para observar a foto da capa. Agora é de Wellington Cordeiro, intitulada “Quando os sonhos se vão”. Os sonhos passam, mas a história fica. E o Monitor é a própria História de Campos dos Goytacazes, é a Historia do Brasil.
As lágrimas caem desordenadamente. Tento disfarçar, mas é visível no meu rosto a tristeza. A minha alegria está travada. O sorriso que eu tanto gosto de ter, não vem. Um suspiro amargurado, um adeus que não quero dar.
Resta o amor que ficou.

Heloisa Crespo
2009/11/15

TURISMO LEGAL IARA LIMA disse...

Monitor .... como fechar um patrimônio da cidade .. do Brasil ??? e a História onde fica ? Os arquivos para onde vão ??? Fico a pensar quando a noticia me tomou de choque e me fez olhar pra traz ... o coemço do Grupo Faz de Conta a primeira matéria que guardo empoeirada nos meus arquivos... o quanto foi inportante para o Grupo .. para a cultura local ...o quanto se desenvolveu o quanto os artista tiveram seu espaço .. e fizeram a sua caminhada ...lembro com clareza quando fiz a monografia conclusão de curso de turismo o quanto li livros da região que tinha como fonte o jornal monitor que cumpre sua palavra de ordem que nos informar ... sempre que procurava sobre noticias de cultura procurava no monitor ... e tb em outros jornais locais ...mais o jornal já era uma referência da cultura ... .. hoje trabalho o dia inteiro não pude ir nas manifestações ,,,, mais o que puder fazer farei para ajuadr ... e torço e acredito ... que isso vai se reverter .... beijos em toda equipe ... com carinho de sempre Iara Lima ( que ainda tem mkuitas histórias pra contar e vai ser boas com certeza) contadora de histórias /bacharel em turismo/guia de turismo nacional / coordenadora do Grupo Faz de Conta e instrutora de Teatro adulto e infantil . //

moura disse...

Em frente à calçada do Monitor
Campista,
a porta fechada
a idéia fechada
a palavra fechada

Em frente à calçada do Monitor
Campista,
comércio ambulante
mendicância ambulante
burrice ambulante

Em frente à calçada do Monitor
Campista,
coração despedaçado
memória despedaçada
voz despedaçada

Em frente à calçada do Monitor
Campista,
estás silenciado
estás abatido
estás fodido

Anônimo disse...

Um ano após o encerramento das atividades do Monitor é possível perceber a lacuna deixada pelo jornal. Não apenas pelos empregos que se foram, mas especialmente pela passagem deste veículo na história de Campos e na história da Imprensa brasileira.
Há de se lamentar por muitos anos, mas não chega a ser surpresa que os "herdeiros" de Chateaubriand não tenham tido a sensibilidade necessária para fazer com que o jornal superasse os problemas que vinha vivendo. O que conta é o dinheiro correndo para os cofres e não a história, as pessoas e a missão.

Unknown disse...

É triste ver como que um dos jornais mais antigos do Brasil, o primeiro de Campos, sai de circulação assim de uma forma tão cruel. O Monitor foi o Jornal mais imparcial, o melhor diagramado.
Como pode alguem destruir uma história que por anos foi contruida com muita garra, profissionalismo, e dedicação.
Eu peço que O MONITOR CAMPISTA volte a ser circulado, para que o jornalismo com verdade volte para o seu povo.

Samara Sena

Cultura disse...

Depois de trinta anos fora de Campos, presencio a mais um assassinato cultural nesta cidade. Primeiro foi o Trianon; agora, o Monitor Campista. Mudou a cidade? Mudou a mentalidade? Não! Tudo continua da mesma forma. A mesma ignorância financeira. A mesma burrice provinciana. O mesmo descaso...